Fabricantes terão que informar quantidade de frutas em sucos
Consumo dos produtos industrializados cresceu 15% nos últimos três anos no Brasil
O consumidor de sucos industrializados vai encontrar diferenças nas mercadorias expostas na prateleira. Mudanças nas normas do Ministério da Agricultura (Mapa) obrigam os fabricantes a informarem no rótulo da embalagem a porcentagem de fruta existente.
Assim, o cliente vai ter um elemento a mais para comparar no momento da escolha, além de preço, marca e sabor.
O prazo para indústria se adaptar acabou na sexta-feira. As fábricas não podem produzir itens que não tenham a especificação, mas o estoque produzido na indústria e o que o varejo ainda poderá ser comercializado. A previsão do setor é de que as garrafas guardadas acabem em um prazo de 10 a 15 dias.
Segundo a instrução normativa do Mapa, fica opcional ao fabricante colocar a porcentagem de fruta na lista de ingredientes. Entretanto, se a opção for feita, a tabela deverá conter todas as frutas e as taxas correspondentes. “O Ministério recebeu diversas demandas da sociedade e das associações de consumidores para melhorar a informação nos rótulos dos sucos industrializados. Após consultas públicas, chegamos a essas novas instruções normativas”, explica Marlos Vicenzi, fiscal federal agropecuário da Coordenação-Geral de vinhos e bebidas do Mapa.
Outra modificação em relação aos sucos
industrializados será o aumento na porcentagem de laranja e de uva nos sucos — o índice vai subir de 30% para 40% em janeiro de 2015 e para 50% em 2016. O objetivo é uniformizar o mercado e evitar que o consumidor compre um produto sem saber ao certo o que
há dentro. Atualmente, o consumo da bebida no Brasil é de 1,13 bilhão de litros por ano, com crescimento médio anual de 15% nos últimos três anos. A média brasileira de consumo é de 5,65 litros por ano por habitante, enquanto a média regional (DF, GO e MS) é mais que o dobro: 12,39 litros.
As mudanças realizadas pelo Mapa foram bem recebidas pelas associações de consumidores, embora elas defendam uma normatização mais clara para o setor. Já os fabricantes dizem que a norma foi positiva para melhorar a concorrência. “O consumidor faz uma confusão danada com as categorias existentes de sucos industrializados.
Agora, vai comparar preços de produtos similares em qualidade. Isso é bom para a indústria, uma vez que os fabricantes vão concorrer em igualdade”, analisa Igor Castro, consultor técnico da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir).
Para melhorar
Bandeira do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), as novas normas do Ministério da Agricultura significaram um avanço, mas, na opinião da associação, ainda há o que melhorar.
Desde o começo do ano, o Idec lançou uma campanha chamada Agite-se antes de beber, alertando sobre a pequena quantidade de frutas nos sucos industrializados e as porções expressivas de outras substâncias químicas.
“A ideia da campanha é fornecer informações sobre o conteúdo a fim de que a população tenha mais consciência ao consumir.
As pessoas acham que estão bebendo suco, mais saudável, mas, na verdade, ingerem alimentos com grande quantidade de açúcar e pouca fruta”, acredita Ana Paula Bortoletto, pesquisadora em alimentos do Idec.
A crítica do Idec às resoluções do Mapa é que elas não trouxeram uma metodologia para o órgão fiscalizar o que está escrito na embalagem. Assim, o rótulo pode informar uma quantidade de fruta que não existe.
Em fevereiro deste ano, o Idec fez uma pesquisa com 31 amostras de néctares de sete marcas diferentes e, em 10 delas (32%) , a quantidade de polpa de fruta era menor ao previsto nas normas no Mapa — de 10% a 40% de fruta. Por isso, a preocupação da associação com a fiscalização.
“Por exemplo, o Mapa não exige a especificação da quantidade de ingredientes solúveis, o que inclui aditivos como o açúcar. Não dá para separar o açúcar da fruta com o adicionado”, analisa Bortolleto.
por...Flávia Maia
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Seringal
Biodiversidade na Amazônia
O termo biodiversidade, ou diversidade biológica, descreve a riqueza e a variedade do mundo natural.
O termo biodiversidade, ou diversidade biológica, descreve a riqueza e a variedade do mundo natural.
As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.
Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.
A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas. A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas. Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação.
Quantas espécies existem no mundo?
Não se sabe quantas espécies vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies. Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da "megadiversidade". Aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo estão aqui. É bastante divulgado, por exemplo, o potencial terapêutico das plantas da Amazônia.
Quais as principais ameaças à biodiversidade?
A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção. A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.
A sociedade moderna, particularmente os países ricos, desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas. A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção.
A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país.
A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também pode ser prejudicial, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país. Um caso bem conhecido é o da importação do sapo cururu pelo governo da Austrália, com objetivo de controlar uma peste nas plantações de cana-de-açúcar no nordeste do país.O animal revelou-se um predador voraz dos répteis e anfíbios da região, tornando-se um problema a mais para os produtores, e não uma solução.
O que é a Convenção da Biodiversidade?
A Convenção da Diversidade Biológica é o primeiro instrumento legal para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais.
Mais de 160 países assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993..
O pontapé inicial para a criação da Convenção ocorreu em junho de 1992, quando o Brasil organizou e sediou uma Conferência das Nações Unidas, a Rio-92, para conciliar os esforços mundiais de proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico. Contudo, ainda não está claro como a Convenção sobre a Diversidade deverá ser implementada.
A destruição de florestas, por exemplo, cresce em níveis alarmantes.
Os países que assinaram o acordo não mostram disposição política para adotar o programa de trabalho estabelecido pela Convenção, cuja meta é assegurar o uso adequado e proteção dos recursos naturais existentes nas florestas, na zona costeira e nos rios e lagos.
Biodiversidade amazônica
A biodiversidade amazônica ainda reserva muitos segredos desconhecidos da humanidade.As florestas da região concentram 60% de todas as formas de vida do planeta, mas calcula-se que somente 30% de todas elas são conhecidas pela ciência.
Quantos segredos e novas espécies de peixes, pássaros, bichos ou microrganismos ainda desconhecemos.Os animais são um capítulo à parte: dezenas de espécies de primatas encontram abrigo na densa vegetação amazônica. A origem da biodiversidade é explicada atualmente pela teoria dos refúgios, na qual grupos de animais ficaram isolados em ilhas de vegetação e foram sofrendo um processo de especialização.
A medida que as ilhas voltaram a se agrupar em uma única e imensa área verde, a base da diversidade florística e animal já estava formada. A Amazônia conta com mais de 3 mil espécies só de árvores, imersas na fragilidade dos ecossistemas. Árvores gigantescas - algumas com mais de 50 m de altura - vivem basicamente do húmus resultantes da vegetação em decomposição. Da variedade total de espécies animais, vegetais e das propriedades biomedicinais ainda se sabe pouco.
Estima-se que a diversidade de árvores na Amazônia varia entre 40 a 300 espécies diferentes por hectare.
Monte Sinai
Recursos Naturais
O homem é parte integrante da natureza e, desde o seu surgimento na Terra, sempre contou com o que ela lhe oferecia, como alimento, água e abrigo, itens essenciais para sua sobrevivência.
Em todas as etapas históricas a humanidade fez uso da natureza, primeiramente para o seu próprio sustento e mais tarde para produzir excedente, especialmente após a Revolução Industrial.
As sociedades capitalistas, que buscam incessantemente o lucro, extraem cada vez mais elementos da natureza, denominados de recursos naturais.
São considerados recursos naturais tudo aquilo que é necessário ao homem e que se encontra na natureza, dentre os quais podemos citar: o solo, a água, o oxigênio, energia oriunda do Sol, as florestas, os animais, dentre outros.
Os recursos naturais são classificados em dois grupos distintos: os recursos naturais não renováveis e os recursos naturais renováveis.
Os recursos naturais não renováveis abrangem todos os elementos que são usados nas atividades antrópicas, e que não têm capacidade de renovação.
Com esse aspecto temos: o alumínio, o ferro, o petróleo, o ouro, o estanho, o níquel e muitos outros. Isso quer dizer que quanto mais se extrai, mais as reservas diminuem, diante desse fato é importante adotar medidas de consumo comedido, poupando recursos para o futuro.
Já os recursos naturais renováveis detêm a capacidade de renovação após serem utilizados pelo homem em suas atividades produtivas. Os recursos com tais características são: florestas, água e solo. Caso haja o uso ponderado de tais recursos, certamente não se esgotarão.
por...Almir Souza